sexta-feira, 10 de abril de 2009

Emanuela

Emanuela tão formosa igual cacho de uva
na fruteira sob imensa mesa de jacarandá
gentil na postura e nos gestos suaves
mãos bailarinas dançando no meio da tarde
Só com suas reflexões na parte externa do Café Botânica
Mas fazendo-se perceber
por mim, D. Quixote
sem rocinante nem escudeiro
Apenas com uma lata de coca-cola na mão
Até aquietar-me em um banco tôsco
bem próximo dela, sem deserto para atravessar
nem ruas, nem avenidas para cruzar.
Senão perguntar de viés o que certamente queria ouvir
Daqueles lábios encantadores
E fixar aqueles olhos do mesmo tom do mar de Recife
Em dias de festas e de procissões.

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