sábado, 6 de agosto de 2011

Evana

Onde caberiam seus olhos
Se os meus não pudessem vê-los
E se meu insensato coração
por várias vezes não pedisse passagem
aos fantasmas da memória
desfilando distraídas de amores e paixões
Sem nunca precisar pedir desculpas ao silêncio
Por lambidas e afagos
Antes do tempo, ao vento, no sol, na chuva, no sol e no luar
No cheiro da maresia, na fuga dos tatuís na varredura das espumas
sob a areia do mar
Enquanto a arquitetura e a modernidade
vão modificando os espaços
menos as lembranças da minha alma
as estórias que vivi
neste imenso e encantador universo de personagens
que se foram navegando em direção as nuvens, ao céu
Onde caberiam seus olhos
se os meus não pudessem vê-los
E se meu coração não pedisse passagem
aos fantasmas da memória?