À Luíza
Não sei (nem desejo saber), se é primavera ou verão
Pois não sou nem cigarra nem multidão
Enfim, só compreendo os mistérios do outono e do inverno
No outono nasci, no inverno descubro os segredos da mulher amada
Apesar de nunca conseguir decifrá-los, é verdade
Certa noite, como de costume, sonhando por aí, sem eira nem beira
Observei um conglomerado de estrelas, representando a figura da sereia pisciana
flutuando no céu, desenhando, misturando cores
com seu talento e beleza
De repente ela mergulha na direção da terra
às vezes dançando igual gaivotas até alcançar as águas do oceano
onde brinca com seus cachos e as ondas, deixando-se afagar pela espuma
nos movimentos transformadores, transformado em vida
regidos pelos mares, por meu olhar de admiração
Um comentário:
Zé, suas obras-primas são encantadoras, vc tem um talento diferente e sobrenatural... parabéns!!!
Almir Heleno e Pedro Ivo
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