terça-feira, 8 de junho de 2010

Luíza


À Luíza

Não sei (nem desejo saber), se é primavera ou verão

Pois não sou nem cigarra nem multidão

Enfim, só compreendo os mistérios do outono e do inverno

No outono nasci, no inverno descubro os segredos da mulher amada

Apesar de nunca conseguir decifrá-los, é verdade

Certa noite, como de costume, sonhando por aí, sem eira nem beira

Observei um conglomerado de estrelas, representando a figura da sereia pisciana

flutuando no céu, desenhando, misturando cores

com seu talento e beleza

De repente ela mergulha na direção da terra

às vezes dançando igual gaivotas até alcançar as águas do oceano

onde brinca com seus cachos e as ondas, deixando-se afagar pela espuma

nos movimentos transformadores, transformado em vida

regidos pelos mares, por meu olhar de admiração